domingo, 9 de setembro de 2012

Conhecendo minha Tarauacá...

Desde o último dia 06 de setembro, venho acompanhando meu pai (Mirabor Leite) nas suas caminhadas pela Zona Rural. Visitamos várias casas em diversas localidades, tais como Gregório, Arati e Perseverança. Confesso que foi um pouco "cansatismo¹", mas o prazer de conhecer pessoas tão simples e ao mesmo tempo imensamente hospitaleiras foi mais do que recompensador.
¹Cansatismo - frase dita pelo Valdir, um cabra gente boa.

Vejam algumas fotos dos lugares e das pessoas que tive o prazer de conhecer:

Casa do José Adão, conhecido como "Zé do Rato" - pessoa incrivelmente receptiva e prestativa (dia 06/09/2012).
Descendo o Rio Tarauacá, rumo as comunidades do Perseverança e Arati (dia 08/09/2012).

Esta é a tão afamada ponte sobre o Rio Tarauacá.

Encontramos muitos trabalhadores tirando o peixe de cada dia...
Olha o pai fazendo um lanchezinho... porque ninguém é de ferro meu amigo!

Dá uma olhada no pai relaxando lá atrás...hehehehe! Efeito do abacate que ele tinha acabado de comer...
...enquanto isso, eu admirava as belas praias que se formam ao longo do rio! A foto não faz jus a maravilhado local, pode acreditar... A vontade que dá...  é voltar lá um dia com a esposa e os amigos e armar uma tenda, fazer um churrasco daqueles... e relaxar!!

Depois de algumas horas descendo o rio, chegamos na Comunidade do Arati; sentado ao lado do pai está do Seu Arnaldo, grande liderança de lá. Ficamos hospedados na casa dele.

Os mosquitos combinavam ataques sincronizados...rsrsrs!!! Mas depois que o Seu Arnaldo me emprestou um cortinado, eu venci a batalha naquela noite.
Essa é a visão que tive ao acordar... Julguem vocês!

Imagem da Casa do Seu Arnaldo - 06 horas da manhã (dia 09/08/2012).

Olha a neblina pairando sobre o Rio Tarauacá.

A cena é linda ou não é?

Continuando a viagem... fomos para a Comunidade do Perseverança. Quanta folga, hein!? Mas o sol tava quente... pode crer!!!!

Na popa, Chaguinha e Valdir comandavam a canoa. Vejam a camisa sobre minhas pernas... eu enxarcava de água pra amenizar o calor provocado pelos raios solares.... coisa de gente da cidade, neh!

Me falaram que estes buracos são feitos nas épocas de "cheias" do rio por um tipo de peixe chamado bodó. Seria uma espécie de "casa" do peixe. Quando o rio seca... muitos passarinhos utilizam como toca. Entre um buraco e outro tem uma cobra de "butuca"... pelos menos é o que dizem (rs).

Ao chegar na Comunidade do Perseverança, a tia Mariluce, atenciosa como sempre, tratou logo de arrumar uma rede debaixo de uma imensa árvore frondosa, à beira do rio, sem falar naquele vento refrescante... humm! Só estando lá pra saber! O chapéu foi só pra fazer posse... rsrs!


Pra finalizar... o pai fez um discursos estonteante! Muitas verdades foram ditas e o som das palavras do Mirabor Leite bateram como chicote na consciência de alguns candidatos à vereador que tentam a reeleição... Atenciosa, Marilete Vitorino fechou aquela reunião com os moradores da região da melhor forma possível, relatando tecnicamente as suas ações durante o curto período à frente da Prefeitura de Tarauacá, sempre baseadas no interesse público. Diferente de tudo que já vi... Espero que os eleitores entendam a sua administração...que opta por escolhas que primam por eleger prioridades e não vantagens políticas.



E foi assim minhas primeiras expedições pelo coração de Tarauacá - a Zona Rural. Ainda há muito o que conhecer...  mas espero ter a oportunidade de acompanhar meu pai em muitas visitas a essas comunidades esquecidas por quase todos da classe política.

Um recado para os eleitores tarauacaenses... Meu pai, Mirabor Leite, como todos da cidade de Tarauacá sabem, tenta há várias eleições ser eleito para a Câmara de Vereadores de nossa cidade (sim, digo "nossa cidade", porque, embora eu tenha sido criado e formado em Direito na Capital, meu carinho por essa cidade só se compara ao amor de meu pai por esse lugar).

Muitas vezes me questionei porque meu pai tinha tanta vontade de entrar na política tarauacaense... e nisso, certa vez, perguntei diretamente a ele. Sua resposta me deixou imensamente orgulhoso e entusiasmado, pois seu objetivo era entrar para a história de Tarauacá como o melhor político que essa cidade já teve... marcar o nome de nossa família como pessoas que fizeram o que uma "cambada" de corruptos nunca se dignou a fazer: lutar pelos trabalhadores rurais. Sim, os trabalhadores rurais, pois nossa cidade é uma cidade agrícola, apesar de ser controlada por alguns empresários.

Quando voltava de carro da Comunidade do Perseverança, por entre fazendas cheias de gado, certa pessoa disse: "deixamos de ser comandados pelos "coronéis" dos barrancos (seringalistas) para sermos controlados pelos "coronéis" da cidade (grandes empresários).

Resumidamente quero dizer para você que pensa em votar para algum dos vereadores que tentam a reeleição o seguinte: se você se queixa dos prefeitos corruptos de delapidaram os cofres públicos e deixaram essa cidade afundar em buracos, misérias e falta de atendimentos dignos à saúde daqueles que não tem condições de se tratar em hospitais e clínicas particulares... lembre-se que os vereadores são tão responsáveis por esses "crimes" praticados contra essa cidade quanto os próprios secretários e prefeitos "ladrões" que por aqui passaram, pois eles (os vereadores) eram pagos para fiscalizar e até mesmo cassar o mandato de qualquer prefeito safado. Se eles não fiscalizaram... das duas uma: eles não tiveram capacidade e coragem para fazer o que tinham que fazer ou não fizeram por estarem envolvidos nas "maracutaias". De qualquer forma, seja por incompetência seja por colúnio, eles não merecem continuar no cargo. Pense nisso.

Em 2013 serão 11 vereadores na Casa de Lei da cidade de Tarauacá. Espero que todas as vagas sejam preenchidas com nomes novos. No mais, não cometa o terrível erro de votar num corrupto só porque ele lhe deu um remédio ou uns trocados. Se você fizer isso, será tão responsável pelos desvios de verbas e o superfaturamento de obras quanto o próprio político corrupto. Depois não adiantará se lamentar quando você ou alguém próximo adoecer e os hospitais e postos de saúde estiverem abandonados e sem condições de lhe oferecer sequer um atendimento digno.